quarta-feira, 13 de abril de 2011

Labirinto

Estava presa em um lugar estranho, lembrava um labirinto. O silêncio, o medo e a solidão começaram a me dar calafrios, senti meu corpo se arrepiar. Não conseguia pensar ao certo do porque estar ali, só pensava em como sair. Meus olhos rodaram o espaço e não avistaram nada que indicasse '' SAÍDA '', comecei a correr na direção que meus pés me levavam, sem saber aonde chegar. Andei, e nada encontrei, parecia que estava rodando em círculos intermináveis, estava a ponto de desistir, sentar e chorar. De repente enxerguei uma luz bem fraca, ao mesmo tempo perto, porém distante. Não sabia se a seguia ou esperava, podia ser uma armadilha, ali era tudo possível. Segui meus instintos e resolvi ir atrás da luz, descobrir da onde se originava. A cada passo que dava, meu coração batia mais forte, o desespero começou a tomar conta dos meus movimentos, mas mesmo assim continuei, faria de tudo para sair daquela escuridão total. Quando me aproximei da luz, senti um alívio, era mesmo a saída daquele pesadelo, era uma porta. Aonde essa porta levaria? não sei. Só sabia que sairia daquele lugar horrível e estaria na luz, na luz branca, a luz da vitória.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Surreal

A luz estava fraca, mal conseguia enxergar seu rosto, mas pelo menos era possível tocá-lo, e dessa maneira saber se ele ainda estava aqui. No momento de escuridão total, minha unica ação foi procurar abrigo em seus braços, e repousar minha cabeça em seu peito, e tentar esquecer um pouco o mundo lá fora. Quando fechei os olhos uma música começou a tocar, era como se ela estivesse me guiando para algum lugar, sem saber o que fazer, a segui. Olhei ao meu redor, não conseguia enxergar nada, era tudo muito branco, muito calmo, maravilhoso. Logo percebi que aquele lugar não me era estranho, sabia que já estivera ali antes. Era como se eu pertencesse aquele lugar, ele me chamava para cada vez mais distante do meu lugar inicial, comecei a perceber que o medo estava tomando conta dos meus pensamentos. O procurei por toda a parte e ele não estava em nenhum lugar visível a meus olhos, comecei a me desesperar. Abruptamente a música parou de tocar, nisso parei de caminhar, entretanto uma voz aveludada tomou conta da minha mente, hipnotizada pela voz, fui sem perceber sendo guiada até um local em que era realmente possível visualizar aonde estava. Olhei ao meu redor novamente e nada dele, parei e então resolvi olhar para cima, e lá estava ele, com suas mãos esticadas chamando pelas minhas. Fiquei chocada, mas tudo o que queria era sua companhia, estiquei minhas mãos e senti um vento me levantar, cheguei a flutuar. Quando ele me abraçou um forte barulho se espalhou e com isso, cai. Abri meus olhos e aonde estava? Ainda estava deitada em seus braços, adormecida com o leve cantarolar que saia de seus lábios.